Içaram a âncora
Desataram o navio
O vento soprou forte
As velas inquietas
Levaram o meu filho.
Como um bravo marinheiro
Tu partiste
Silencioso, para lá do horizonte.
De esperança
Faço hoje o meu navio
Esta tristeza no meu coração
Tem de acalmar
É como o mar… vai e vem
Se o escutar
Oiço bem ao longe
O coro dos marinheiros
Miragem, só miragem
Ele não veio.
Choro por quem foi minha alegria
Um dia hei-de também partir!
Mas, antes, muito antes
Com coragem viverei.
Paciente, muito paciente
Eu espero
A hora de apertar
O meu filho contra o seio.
Aida Nuno